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CPI ouve RW Construtora

Sócio nega 'delação premiada'

Representantes da RW falam à CPI - Foto: AssCom CMT
Teresópolis, 11/06/2011
- Foi realizada nesta quinta-feira, 9/06, mais uma audiência da CPI, que apura denúncias de irregularidades no Executivo Municipal.

Após várias tentativas de convocação sem obter êxito, o Presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito da Câmara Municipal de Teresópolis, Vereador Dr. Habib Tauk (PP), resolveu convocar por Edital, os diretores da Empresa RW Construtora, uma das investigadas na CPI que corre no Legislativo Municipal. Marcada inicialmente para o dia 14 de junho, a audiência com os representantes da Empresa RW, a pedido de seus diretores, foi antecipada para esta quinta-feira.


Compareceram para a oitiva a Diretora Administrativa Sra. Elisângela de Fátima Silva de Oliveira e um dos sócios, o Engenheiro José Ricardo de Oliveira, acompanhados pelo advogado, Dr. Naildo Borges.

Perguntada sobre como sua empresa foi chamada para prestar serviços durante a catástrofe, Elisângela afirmou que o Secretário de Fiscalização de Obras e Serviços Públicos, Michelangelo Pimentel, entrou em contato relatando a situação do município e pedindo ajuda. A empresa iniciou imediatamente os serviços, com o que tinha no momento de pessoal e equipamento, inclusive paralisando algumas de suas atividades, para auxiliar nos serviços de desobstrução de vias e retirada de barreiras, com atuação principalmente nos Bairros Caleme, Posse e Campo Grande.

A Diretora da RW confirmou o valor acima de R$ 1 milhão para a prestação do serviço emergencial, afirmou que esse montante era meramente estimativo, e que até a data de hoje nada recebeu da Prefeitura pelos serviços prestados durante a catástrofe.

Elisângela também relatou à CPI o andamento das obras contratadas e que são alvo de criticas por parte da população e questionamentos da Justiça. Elisângela de Fátima afirmou que as obras paralisadas são: a da Feirarte, por problemas técnicos, e a do PAM da Barra. Disse que em relação à galeria no bairro de São Pedro, a pavimentação da rua não estava prevista em contrato e por isso não foi realizada.

Em resposta ao Relator da CPI, Vereador Marcelo Oliveira (PMN), a Diretora da Construtora comentou que a galeria da Rua Dr. Oliveira, na Barra do Imbuí, foi terminada, mas houve problema sério na pavimentação, com afundamento da pista. Respondeu que a do Bairro de São Pedro também foi concluída. Sobre os pagamentos Elisângela informou que nada foi recebido pelo serviço realizado na Rua Dr. Oliveira, e que sobre o serviço na do Bairro de São Pedro, só uma medição ficou pendente.

A representante da RW entregou uma planilha para a Comissão Parlamentar, contento todas as informações sobre as obras contratadas pela Prefeitura. Na planilha foram especificados todos os serviços prestados, os valores dos contratos e o que foi efetivamente pago à empresa. Inclusive o pagamento parcial da obra da Feirinha do Alto.

Fazendo um balanço das realizações da RW Construtora, o sócio, engenheiro José Ricardo de Oliveira, prestou as seguintes informações:

A galeria do bairro de São Pedro foi concluída e a pavimentação foi feita pelo município. A galeria da Rua Dr. Oliveira, na Barra do Imbuí, também foi concluída, bem como a reforma das Escolas Municipais na Granja Guarani e em Canoas, no 3º Distrito. A reforma da escola de Cruzeiro, atingida pela calamidade, está paralisada.

A obra da Feirarte e a da UBS (PAM) da Barra estão paralisadas. A UBS aguarda conclusão de inquérito administrativo aberto pela Prefeitura. José Ricardo explicou que as obras foram licitadas seguindo um projeto básico, e que depois foram feitos projetos executivos, de acordo com o andamento das obras e a situação encontrada em cada uma delas. O Engenheiro completou dizendo que depois da catástrofe, os pagamentos foram suspensos por liminar, e que a Prefeitura montou uma Comissão para avaliar as obras que foram feitas pela RW.

Os membros da CPI questionaram José Ricardo sobre seu depoimento no Ministério Público. Quiseram saber se houve algum tipo de informação prestada em seus depoimentos aos Promotores de Justiça, no MP, que poderiam diminuir possíveis punições à sua empresa, no que o sócio da RW respondeu negativamente, afirmando que não houve a chamada delação premiada, como divulgado pela imprensa, anteriormente. Complementando sua resposta, o inquirido disse que todas as informações prestadas ao Ministério Publico Estadual e Federal foram sobre os serviços prestados por sua empresa durante a catástrofe.

A próxima oitiva da CPI está prevista para terça-feira, 14 de junho, com representantes da empresa Vital Engenharia Ambiental. No dia 16 de junho será a vez de o Prefeito Jorge Mário ser ouvido.

Portal Terê - com informações da AssCom CMT
 

 

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