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Construção do Plano Municipal de Cultura

Seminários tratam dos mais diversos ramos

As reuniões acontecem às sextas-feiras, na Casa da Memória Arthur Dalmasso - Foto: Cláudio FurtadoTeresópolis, 17/11/2010 - Dando prosseguimento à programação que compõe o Seminário para Construção do Plano Municipal de Cultura, na última sexta-feira, 12, foram realizadas as palestras do jornalista e Secretário de Cultura, Wanderley Peres, e da advogada e ativista do Movimento de Cultura Afro-Brasileira de Teresópolis (Mocabte), Rosa Maria de Lima, que abordaram o tema ‘Culturas afro-brasileira, branca e indígena’.

Composto por sete encontros, o seminário é promovido pela Secretaria de Cultura de Teresópolis e pelo Conselho Municipal de Cultura, com o objetivo de traçar o diagnóstico cultural de Teresópolis para a construção do Plano Municipal de Cultura. Os encontros são realizados na Casa da Memória Arthur Dalmasso (Praça Balthasar da Silveira, 91 – Centro), sempre às sextas-feiras, às 19h, com uma nova discussão a cada semana.

Nesta sexta, dia 19, o assunto em pauta é ‘Artesanato e Redes Sociais’. Depois, o seminário prossegue dia 26 de novembro, com ‘Música e Literatura’, e termina no dia 3 de dezembro, quando serão discutidos os interesses da ‘Dança, Teatro e outras manifestações artísticas’.

Após as reuniões sobre ‘Patrimônio Histórico, Memória e Museologia’, ‘Culturas Urbanas e Culturas Populares’ e ‘Audiovisual e Artes Visuais’, o seminário privilegiou desta vez a influência das culturas branca e negra na formação do povo teresopolitano. Abrindo o encontro, o Subsecretário Ronaldo Fialho, que coordena o seminário, teceu breves comentários acerca das palestras feitas e das que virão a seguir, para, em seguida, apresentar o jornalista Wanderley Peres. O Secretário Municipal de Cultura falou sobre as primeiras iniciativas de colonização das terras que hoje compõem o município, lembrou aqueles que se aventuraram pelas trilhas que traziam o ouro de Minas, do tempo em que as sesmarias demarcavam fronteiras, narrou a chegada de George March e suas casas de veraneio para ingleses visitantes até chegar às famílias que deram origem ao que somos hoje, pontuando a origem da cultura branca no município.

Já a advogada Rosa Maria de Lima falou da importância do negro na construção da cidade, desde os negros que fugiam abandonando as liteiras e formando pequenos quilombos até aqueles que se enraizaram por nossas bandas, constituindo famílias e participando ativamente dos desdobramentos sociais e culturais de Teresópolis.

Rosa Maria destacou também o papel de eventos como a antiga Festa das Colônias, que integrava as comunidades libanesa, judaica, italiana, japonesa, espanhola e africana, entre outras, como fator de integração, e afirmou que as Escolas de Samba também cumprem papel relevante nesta integração, principalmente no que se refere aos afro-descendentes, responsáveis diretos pelo estilo musical, o samba. A advogada disse ainda ser Teresópolis uma cidade bastante preconceituosa, reconhecendo que já foi pior no passado, mas que hoje ainda mantém traços discriminatórios no que diz respeito a oportunidades de trabalho e estudo. Defendeu a cota racial nas universidades e apoiou iniciativas do governo Lula no sentido de tornar a sociedade brasileira menos excludente.

 

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