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Atenção empresários de Bijuterias

Formação do "Arranjo Produtivo Local"

Secretário de Indústria e Comércio, Luiz Antônio Decarlo, se reúne com empresários no auditório do Sincomércio - Foto: Marco EstevesTeresópolis, 04/09/2009 - A secretaria de Indústria e Comércio realizou nesta quinta-feira uma reunião de formação do Arranjo Produtivo Local de Bijuterias de Teresópolis, em parceria com a Aciat, CDL, Firjan, Sebrae-RJ, Unifeso e Sincomércio.

Os objetivos são unir o poder público, instituições e empresários em torno de um projeto de desenvolvimento econômico e iniciar o planejamento estratégico do grupo. O secretário de Indústria e Comércio, Luiz Antônio Decarlo, o Diretor do Departamento de Desenvolvimento Econômico da secretaria, Lucas Guimarães, o presidente do Sincomércio Teresópolis, Igor Edelstein, o Coordenador do curso de Engenharia da Unifeso, Antônio Merendáz, e os representantes de empresas de bijuterias interessadas no projeto.

“Temos que fazer de Teresópolis um pólo de desenvolvimento regional, fundamentado em iniciativas modernas e empreendedoras. Uma de nossas metas é formar um grupo coeso, solidário e objetivo para explorar ao máximo a sinergia decorrente das parcerias entre empresas, entidades e poder público e assim obter todas as vantagens que as ações coletivas podem oferecer. É essencial estimular a formação de ambiente propício para o fortalecimento das empresas locais, atraindo novas oportunidades de negócios, aumentando a lucratividade e a geração de empregos”, explicou o secretário de Indústria e Comércio, Luiz Antônio Decarlo.

Igor Edelstein, presidente do Sincomércio acredita na importância da reunião das indústrias. “Quanto mais pessoas empregadas nas indústrias, mais elas gastam no comércio e isso é muito positivo para a cidade. A APL de tecnologia cresceu e espero que o mesmo aconteça com a de bijuteria, que as empresas vejam as vantagens e se unam”, comentou.

Antônio Merendáz, coordenador do curso de engenharia de produção da Unifeso, acredita na formação de arranjos produtivos locais. “A criação de APLs vai unir empresas que, assim, terão mais força, inclusive junto ao governo, para desenvolverem atividades e eventos, como participação em feiras, por exemplo. Cada um vai continuar tendo o seu diferencial”, pontuou. Merendáz ofereceu apoio e garantiu pensar em cursos de formação e na participação dos alunos, como estagiários. “Estamos abertos e acreditamos na parceria governo, empresas e instituições”, completou.

Quanto a qualificação da mão-de-obra, o secretário de Indústria e Comércio vê nos cursos do Senai-RJ uma alternativa. “Queremos trazer o Senai e fazer com que os cursos atendam as nossas necessidades, com a melhor grade possível. Eles estão receptivos, mas vamos trabalhar para conseguir cursos gratuitos. Para a qualificação da mão-de-obra para a área de bijuterias, por exemplo, a Prefeitura vai colaborar com o local, as empresas com o material para o laboratório e o Senai com os cursos propriamente ditos”, explicou. Hélio Neves, representante da Espabra e presidente da comissão municipal da Firjan, apresentou aos presentes uma proposta de um curso de 180 horas para técnica de confecção de bijuteria. “Nós precisamos de treinamento e capacitação de mão-de-obra. É importante adaptar os cursos a nossa necessidade”, finalizou.

APL – Arranjo Produtivo Local

O Arranjo Produtivo Local consiste em um agrupamento de empresas de um determinado território que apresente especialização produtiva. Para que um Arranjo Produtivo Local produza mais e melhor, gerando trabalho e renda para a população, é preciso que haja articulação e cooperação com outros parceiros, como governo, associações, instituições.

As Concentrações Econômicas são grupos de empresas com a mesma atividade produtiva, atuando de forma concorrente ou complementar. A interação entre elas cria vínculos associativos ou de cooperação, que formam as bases para o surgimento de Arranjos Produtivos Locais, assim denominados a partir do estabelecimento de governanças.

Os atributos fundamentais para a constituição de um APL são: concentração de empresas, cadeia produtiva adensada, capacidade de oferta de serviços, conexão com mercados nacionais e internacionais, disponibilidade de mão de obra especializada, capacidade empreendedora e associativa, difusão de informação e conhecimento e confiança no ambiente de negócio.

O Arranjo Produtivo Local beneficia a economia, com maior atração de capital, aumento do dinamismo empresarial, redução de custos e riscos, promoção da inovação tecnológica e melhoria da capacitação. As micro e pequenas empresas somam esforços para promoção de compras conjuntas de matéria-prima, formação de consórcio para exportação, negociação para implantação de linhas de financiamento mais atrativas e realização de programas cooperados de capacitação e qualificação de mão-de-obra. As empresas também compartilham inovações tecnológicas e investem em novos equipamentos.